quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Máquina de escrever - 31


Eu te conheço como mais ninguém. Eu sinto sua falta como mais ninguém. Penso em você o tempo todo. “Você ia gostar dessa foto, daquela paisagem, a letra dessa música se parece com a nossa, esse filme tem uma fotografia muito bonita, vamos a praia? Que música quer que eu cante pra você? Está tudo bem? Bom dia, boa noite, quer sorvete? Vamos sair?”... Você foi meu melhor amigo por três meses, e por mais três anos sem nem saber. Sempre que eu estive sozinho, eu te senti, sempre que estive no escuro, teus olhos brilharam. A sua presença na minha mente não deixou com que as lembranças de nós dois fosse embora, não deixou com que minha mão se esfriasse por mais longe que a sua estivesse. Eu acho que todo esse tempo sozinho me fez bem em muitos aspectos, mas por sua presença eu preferia não ter aprendido nada. Você podia me ensinar, eu só iria tirar total. Eu não digo que está tudo bem porque sei que se você estivesse do meu lado essa pergunta não seria nem mesmo necessária. A felicidade transpassaria meus olhos, o meu sorriso apareceria mais. A simplicidade seria mais complexa, o amor seria mais legal. Eu acordaria com um sentido a mais na vida, eu sentiria um pouco menos a sua falta e te queria ainda mais. O gosto da sua boca não saiu da minha até hoje, mas confesso que eu ainda queria provar da fonte. Queria não ter que te escrever mais nada, queria poder dizer tudo. Falar, com a boca, com os dentes, no teu ouvido, com as mãos nas tuas. Com o corpo no teu. Com o seu amor meu. Com meu mundo ainda mais seu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário