quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Máquina de escrever - 32


Ando pelas ruas chutando as folhas que caíram da primavera e continuaram no mesmo lugar esperando que os ventos a levassem pra longe assim como eu desde que caí do seu colo.  Ando pelas ruas observando o sorriso das pessoas que passam, tentando achar nelas a felicidade que eu perdi quando te entreguei o meu coração. Procuro nas canções a nossa história, em outros, procuro você.  Sei onde se encontra, sei onde está. Sei o que faz e o que sente. Mas não posso ir atrás. Você precisa vir até mim. Precisa entender que preciso de mim como você precisa de mim.
Ando por aí entendendo o porque de tudo nesse mundo existir, porque se não existe você o resto só não tem muita graça. Porque você não ficou? Porque você não voltou? Porque não suportou do meu lado? Eu vejo tantas pessoas conseguindo o que sonham, vejo-as sorrindo por aí e parece tão fácil... A única coisa que é fácil pra mim agora é sentir a sua falta e imaginar você de volta comigo. Ando adiantando relógios, atrasando o por do sol pra ver se ele brilha por mais tempo. Ando olhando mais pro luar, que é pra ver se a beleza dele me faz te esquecer um pouco. Mas é bem pouco, porque logo quero você do meu lado pra ver a lua comigo.
Ando por aí querendo que você me visse, me sentisse, me amasse, me cuidasse. Ando por aí querendo que você se lembrasse, que você voltasse, que você deixasse, que você me amasse. Ando por aí querendo você cada vez mais, cada dia mais, cada minuto a mais. Ando por aí com mais saudade, com mais vontade. 

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