quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Máquina de escrever - 30


Você pisoteou tudo o que construímos e foi viver junto com ele. Você me procura vez e outra, diz que me ama, mas não sei se ele sabe disso. Não sei também se isso é verdade. Você vem, mexe com o meu coração e o deixa da forma que bem entende. Depois, você volta pra ele. E me deixa aqui. Você o leva pra todos os lugares onde eu e você costumávamos ir, vocês tiram fotos sorrindo, de mãos dadas, aos beijos... É pra me provocar? Você dizia que não seria feliz em lugar nenhum onde eu não tivesse. Você disse que me amaria pra sempre, você prometeu que nunca acabaria. Você disse que você pertencia a mim, e eu acreditei em todas as palavras. Em todas as promessas. Hoje, você as faz pra ele, enquanto riem juntos da minha cara onde nós fazíamos nossos piqueniques juntos, rindo de ninguém além de nós mesmos. Você foi embora e não houveram mais promessas, mais piqueniques, mais amores, mais abraços, mais ternura, mais carinho, mais nada. Nunca houve mais você. Nunca houve mais nós. 

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