quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Máquina de escrever - 45

3 anos. 12 meses x 3. 12.12.12. 12/12/12. Olhando nossas fotos... Eu vejo o quanto mudamos, o quanto ainda somos os mesmos... O quanto crescemos, mas continuamos proporcionais... A sua mão ainda cabe na minha, mas eu tive dificuldade para encaixá-la. Não soube se porque tanto tempo depois, eu me confundi, ou se é porque eu estava tremendo e não estava acreditando naquela colisão de peles. A verdade é que eu não pensei que estaria tão perto de você de novo. Não na vida real. E foi melhor do que nos sonhos, nos planos, nos contos... Foi melhor que nos filmes e livros. Eu ainda sinto o seu perfume e quando eu fecho os olhos, posso ver seu rosto se aproximando no meu... Seus lábios, sua bochecha... Seu olhar sem graça e desconcertado, seu corpo sem saber o que fazer. Meus olhos sem saber pra onde olhar, e meu coração sem saber por onde saía pra voltar pra você. Acho que ele nunca bateu tão forte, tão rápido, tão devagar, tão caloroso. Ou melhor, não nos últimos 3 anos. Algumas coisas nunca mudam, eu te disse isso. E não mudam mesmo. Outras, ficam melhores. É uma pena que o relógio existe, e ele foi cruel comigo. Eu queria que durasse pra sempre, eu queria não te deixar ir. Eu queria continuar abraçado no teu braço e continuar segurando um de seus dedos com todos os meus cinco, como um bebê que só precisa da proteção de alguém que o ame. Uma hora foi pouco, um beijo foi pouco. Os apertos de mão foram poucos. Mas foram necessários. Me provaram que eu ainda estou vivo, e me provaram que ainda existem sensações boas nesse mundo. Me provaram que ainda existe amor em algum lugar. Em mim. Em nós. Você pode estar longe, mas continua dentro de mim. E daqui, nada te arranca. Eu te amo. Pra sempre. Sem fim.

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