domingo, 30 de junho de 2013

Máquina de Escrever - 65

Você sempre foi a pessoa com a qual eu me sentia firme. Por mais que nossa estrutura balançasse, sacudisse, trepidasse... Você continuava lá e eu continuava ali. Eu ia, voltava, você entortava, estremecia... Mas você continuava sendo meu porto seguro. Você me ensinou que no meio de tanta guerra, há também paz, e que por mais escuro, ao menos meu olho brilha. Você me ensinou muito, me guiou muito, caminhamos juntos. Eu não sei em que parte do caminho nós nos despimos do carinho, da compreensão e do respeito... Só sei que é melhor eu me cuidar para nunca mais passar por esse lugar. Porque depois de perder tudo, eu perdi também o que eu não esperava. A ponte ruiu, você se foi com a correnteza, e eu não consegui salvar nenhum de nós.

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