sábado, 28 de julho de 2012

Me lembro das noites. Em que passamos em claro. Dos dias, em que passamos juntos. Das tardes, que passamos de mãos dadas. Das manhãs em que você me acordou com beijos. As vezes eu queria ter tudo filmado, pra ver tudo de novo e de novo. Outras cenas, eu preferia nem me lembrar. Eu queria que o filme não tivesse acabado, e que pudéssemos ter filmado muito mais. Mas só deu pra quatro meses. As vezes, eu queria que não fosse um filme, e nem lembranças. Queria que fosse tudo presente, tudo real. Queria ter mudado tudo o que saiu errado, tudo o que terminou sem fim. Queria ter ganhado mais beijos, mais abraços, mais aperto de mãos. Mais sorrisos, mais momentos. Foi brutal, o que aconteceu. A forma como meu coração reagiu. Ele se quebrou em mil pedaços, e nunca mais chegou perto de se reerguer. Eu fui ficando aqui, e você ficando aí. Fomos vivendo assim, separados. Sempre que um se aproximava do outro, dava choque. Acho que era medo. Ou saudade. Ou confusão. Hoje em dia estamos aqui em cima. Olhando lá pra trás. Lembrando de tudo o que aconteceu. Algumas coisas, nós guardamos só pra nós. Mas tentamos não pensar mais. Porque a saudade existe. E as vezes, ela machuca. Acorda uma coisa que nunca dormiu. Mas que já quis cochilar.

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